segunda-feira, 14 de outubro de 2013

hebreus fenícios e persas

Hebreus

Bíblia é um dos principais documentos de pesquisa sobre os hebreus. Através de sua leitura e de pesquisas arqueológicas, entedemos que eles eram pastores originalmente nômades provenientes das regiões da Mesopotâmia. Posteriormente se fixaram nasterras de Canaã, antiga Palestina, e ali viveram durante cerca de dois séculos, dedicando-se à agricultura e ao pastoreio.
Crescentes dificuldades econômicas provocaram a migração de muitos hebreus para as regiões férteis nas margens do rio Nilo. Por muito tempo os hebreus viveram no Egito. Após a expulsão dos invasores hicsos, eles podem ter sido escravizados, permanecendo em território egípcio até por volta de 1250 a.C., quando foram guiados por Moisés de volta à Palestina.
A volta dos hebreus à Palestina é conhecida como Êxodo, e teria durado cerca de 40 anos. Segundo a Bíblia, foi durante essa viagem que Moisés, no alto do monte Sinai, recebeu de Iavé (Deus) a Tábua dos Dez Mandamentos, que deveria guiar o comportamento dos hebreus. O Líder e comandante do exército de israel Josué, que substituiu Moisés ainda durante a volta à Palestina, liderou a luta pela reconquista do território dos hebreus, que estava ocupado por vários povos organizados em tribos. Essa luta elevou a importância dos juízes, nomeados para comandar a expulsão da tribo dos filisteus da Palestina. Samuel, o último dos juízes, tentou promover a união das 12 tribos que ocupavam a região, mas isso só ocorreria sob a liderança de Saul, considerado o primeiro rei dos hebreus.
Reconstituição do Templo de Jerusalém.
Seu sucessor, Davi, garantiu a consolidação do Estado hebraico, caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, que ainda exercia as funções de chefe político, militar e religioso. Davi foi substituído pelo rei Salomão, que construiu o Templo de Jerusalém, entre outras obras públicas, fez uma aliança comercial com os fenícios, que dominavam o comércio no Mediterrâneo, e também instituiu inúmeras datas religiosas. Além disso, decretou o trabalho compulsório, explorando sobretudo a população camponesa.
política social e os altos impostos criados por Salomão geraram um grande descontentamento popular, que explodiu com sua morte (cerca de 930 a.C.) provocando oCisma, isto é, separação das 12 tribos hebraicas em dois reinosIsrael e Judá. Israel reunia as dez tribos do norte e tinha por capital Samaria, já o Reino de Judá era formado por duas tribos do sul, com capital em Jerusalém. A divisão favoreceu a invasão estrangeira. O rei babilônico Nabucodonosor dominou a região levando os hebreus para a Babilônia, período que ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.
Em 539 a.C., os persas conquistaram o Império Babilônico e permitiram a volta dos hebreus para a Palestina. Em 333 a.C. a Palestina foi dominada por Alexandre Magno, da Macedônia, e em 70 a.C. pelos romanos, que destruíram o Templo de Jerusalém provocando a revolta dos hebreus. O movimento foi reprimido e os hebreus, expulsos da Palestina, provocando sua dispersão pelo mundo, que ficou conhecida como Diáspora.

Império Persa

Os persas, povo indo-europeu, originário do sul do Irã, conquistaram, sob o comando de Ciro, o Grande, as terras entre os rios Nilo, no Egito, e Indo, na Índia, no período de 550 a.C. a 525 a.C. Fenícios, hebreus e mesopotâmicos foram dominados pelos persas. Eles fundaram num único império todos os povos do Oriente Próximo e sintetizaram as tradições culturais daregião. Administrativamente, esse imenso império era dividido em 20 províncias (satrapias) dotadas de relativa autonomia e um surpreendente sistema de comunicação postal. Cada satrapia era administrada por um governador (sátrapa) responsável perante o imperador.
imperio persa
Para se proteger contra a subversão, o rei empregava agentes especiais - "os olhos e os ouvidos do imperador" -, que supervisionavam as atividades dos sátrapas. O império era unificado por uma língua única, o aramaico (a língua dos arameus da Síria), usada pelos funcionários governamentais e pelos comerciantes. Outros elementos unificadores eram a rede de estradas e o sistema comum de pesos e medidas e de cunhagem da moeda, o dárico, válida em todo o território do império.

Religião persa

Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.
civilização persa criou uma nova religião, o masdeísmo, fundada por Zaratustra (em grego, Zoroastro), cuja divindade era Aura Mazda (a luz). Os persas cultuavam, também, Ormuz, o criador de espíritos benéficos, e Arimã, o espírito das trevasmau e destruidor entre os quais as pessoas tinham liberdade de escolher aquele que iria seguir. A recompensa por ser bom e dizer sempre a verdade era a vida eterna, no Paraíso. O castigo pelo comportamento oposto era ser lançado num reino de trevas e sofrimento.



Fenícios

As transformações das sociedades no Egito e na Mesopotâmia vieram acompanhadas do desenvolvimento de povos vizinhos. É o caso dos fenícios, dos hebreus e, por fim, dos persas. Esses povos, no entanto, não encontraram as mesmas facilidades para desenvolver a agricultura. Seus caminhos foram outros.
Os fenícios eram os povos semitas da costa síria, as suas cidades mais famosas eram ÁradosSimira, Berito, AcreTiro e Sídon.
Chamou-se Fenícia a antiga região que se estendia pelo território do que mais tarde seria o Líbano, parte da Síria e da Palestina. Habitada por um povo de artesãosnavegadores e comerciantes.
Os fenícios chegaram às costas da Ásia Menor por volta de 3000 a.C. No começo, estiveram divididos em pequenos Estados locais, dominados às vezes pelos impérios da Mesopotâmia e do Egito. Apesar de submetidos, os fenícios conseguiram desenvolver uma florescente atividade econômica que lhes permitiu, com o passar do tempo, transformar-se numa potência comercial do mundo banhado pelo Mediterrâneo.
Foram os gregos que os chamaram de Phoiníke, "país da púrpura". A púrpura, substância usada para tingir tecidos, era um dos produtos fenícios mais requisitados. Os tecidos vermelhos faziam sucesso naquela época. As elites na Antiguidade gostavam de usá-los como sinal de posição social elevada.
A cidade de Tiro assumiu um papel fundamental na região. Em pouco tempo, muitos de seus habitantes participaram das rotas comerciais do interior, comercializando principalmente madeira de cedroazeite e perfumes. Mercadores fenícios estavam presentes na península Ibérica, no sul da Palestina, em Cartago e, no norte da África, assim como no Egito, sobretudo na região do delta do Nilo.
O comércio se fez principalmente pelo mar, o que contribuiu para desenvolver a habilidade dos fenícios como construtores navais e navegadores. Sua fama de construtores de barcos se espalhou entre os egípcios. Estes, em suas inscrições nas pirâmides, contam por volta de 2600 a.C. compraram 40 embarcações fenícias, feitas de cedro, um tipo de madeira clara.
Alfabeto fenício e o atual.
A navegação também favoreceu o desenvolvimento da Astronomia, enquanto as necessidades comerciais impulsionaram a Matemática. Ao mesmo tempo desenvolveram sua mais significativa contribuição para a humanidade: um alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras. Todas as palavras poderiam ser representadas pela combinação de letras evitando a necessidade de memorizar milhares de diagramas. Assimilando, por gregos e romanos, serviu de base para o alfabeto ocidental atual.


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