quinta-feira, 17 de outubro de 2013

mineração

Chama-se ciclo do ouro, ou ciclo da mineração o período da história do Brasil em que a extração e exportação do ouro dominava a dinâmica econômica da colônia.
Quando chegaram ao Brasil os primeiros exploradores procuraram ouro e metais preciosos, com o intuito de os levar para a metrópole, ao início as excursões pioneiras no litoral e interior do país não trouxeram muitos resultados, ainda que estas riquezas abundassem em várias zonas do Brasil como mais tarde se viria a descobrir. Então os primeiros colonos encontraram principalmente pau-brasil, solo fértil e índios, a quem não deram grande importância.
Muitos exploradores morreram à procura de jóias e pedras preciosas, tal como o bandeirante Fernão Dias Paes Leme que morreu em 1681 à procura de esmeraldas. Finalmente, nos últimos anos do século XVII os primeiros exploradores descobrem esse tipo de riquezas no Brasil.
O ciclo do ouro durou até o fim do século XVIII, quando já se esgotavam as minas da região explorada, que hoje compreende os estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

O apogeu do ouro brasileiro

O ouro brasileiro marcou o período do final do século XVII - com a descoberta em Minas GeraisBahiaMato Grosso e Goiás - até o final do século XVIII - quando a população brasileira passou de, aproximadamente, 300 mil para 3 milhões de pessoas. 
No apogeu da mineração no Brasil – entre 1750 e 1770 - Portugal enfrentava dificuldades econômicas internas e sofria pressão exercida pela Inglaterra, que se industrializava e se consolidava como potência hegemônica. O ouro brasileiro passava a representar a esperança de trabalho e enriquecimento. Milhares de portugueses migraram para o Brasil e o português se impõe como língua nacional. 
A mineração deslocou o eixo social do Brasil colônia do litoral para o interior e levou à mudança da capital – de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade de mais fácil acesso às regiões mineradoras. 
O ouro trouxe prosperidade para as cidades mineiras que viviam da extração e enriqueceu famílias, cujos filhos foram mandados para estudar na Europa. Ao voltar, esses jovens disseminaram as ideias iluministas e a estética árcade – daí o fato de o Arcadismo ter tido particular importância em Vila Rica (atual Ouro Preto). No Brasil, o leitor, não só os jovens da elite mas um público mais geral – conquistado pela clareza e simplicidade da poesia árcade - passou a consumir da literatura aqui produzida. 

Taxação

Os tipos de impostos cobrados pela metrópole sobre a colônia eram:
cidade de ouro preto minas gerais
  • Capitação: Os quintos por casa de moeda foram convertidos em imposto sobre escravos e pessoas livres que trabalhassem com as próprias mãos, bem como, sobre as lojas, vendas e comércio em geral. Vigorou no período de 1734 a 1750, quando o Marquês de Pombal a extinguiu e reimplantou a retenção dos quintos por Casas de Fundição, com culminação da Derrama, caso os quintos não atingissem cem arrobas anuais.
  • Os quintos do ouro: era retirado um quinto do ouro extraído do Brasil e era mandado para Portugal.
  • derrama: a Capitania de Minas Gerais tinha que enviar 1500 kg de ouro para Portugal anualmente; caso contrário, poderia haver a derrama, ou seja, o rateio da diferença entre as comarcas e, nestas, o rateio entre os homens bons, sob pena de ser retirado à força através do confisco dos bens dos mesmos homens bons.4 As demais capitanias tinham obrigação de reter os quintos, mas não eram oneradas pela Derrama.5
  • Outros impostos. Além da capitação e da retenção dos quintos culminada por derrama, havia outros impostos também, a exemplo dos direitos de Entrada, Subsídio Literário, Subsídio Voluntário, os Dízimos, etc. Todos estes impostos eram cobrados através dos chamados contratadores, espécie de "terceirizados" ou concessionários, que compravam o direito de cobrar os impostos. Com o tempo, se tornaram uma espécie de quase-sócios do Estado, abocanhando também os outros negócios de monta da colônia, quais sejam, empréstimos a juros, fornecimento de escravos e de todas as mercadorias classificadas como secos e molhados. Os mais terríveis eram os dizimeiros que sempre extorquiam o povo. Um grande número de supostos Inconfidentes, a exemplo de Inácio Correia Pamplona, José Álvares Maciel (pai), Joaquim Rodrigues de Macedo, Joaquim Silvério dos Reis, era composto de contratadores.

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